Segundo o jornal, Valery Gerasimov, chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, e Sergei Shoigu, ministro da Defesa, se enquadrariam nessa categoria. No entanto, de acordo com a reportagem, a proibição não se estende a oficiais militares russos, incluindo generais.
"A inteligência é muito boa. Ele nos diz onde os russos estão para que possamos atingi-los", disse um oficial ucraniano, usando o dedo para encenar uma bomba caindo sobre o alvo, conforme escreveu o jornal.
A segunda categoria de compartilhamento de inteligência proibido é qualquer informação que ajude a Ucrânia a atacar.
Quanto a alvos russos fora das fronteiras ucranianas, esta proibição, segundo o jornal, visa impedir que os EUA também se tornem parte de ataques que a Ucrânia poderia lançar na Rússia.
Segundo a reportagem, esse tipo de preocupação levou o governo a interromper os planos anteriores de enviar caças, que seriam fornecidos pela Polônia e poderiam ser usados para lançar ataques em solo russo.
Militares ucranianos desembalam mísseis antitanque Javelin, entregues como parte da assistência de defesa dos Estados Unidos à Ucrânia, no aeroporto de Borispol, na Ucrânia, em 11 de fevereiro de 2022. Foto de arquivo
© AP Photo / Efrem Lukatsky
As autoridades norte-americanas enfatizaram ao jornal que os EUA não estão em conflito direto com a Rússia e que a assistência prestada "destina-se à defesa da Ucrânia".
Porém, segundo o The Washington Post, as autoridades americanas têm pouco controle sobre como os beneficiários ucranianos usam o equipamento militar e os dados de inteligência na prática.
Para o jornal, a situação aumenta o risco de uma ameaça de um conflito direto entre as duas potências nucleares.