Nesta quinta-feira (12), o Parlamento da Grécia aprovou a renovação e emenda do Acordo de Cooperação de Defesa Mútua EUA-Grécia (MDCA, na sigla em inglês), que tem com os EUA, apenas alguns dias antes de o primeiro-ministro grego, Kyriakos Mitsotakis, visitar Washington, segundo a Reuters.
O MDCA, assinado pela primeira vez em 1990, permite que as forças norte-americanas treinem e operem em território grego.
No Parlamento grego, Mitsotakis disse que o acordo protege o país contra ameaças de segurança, permitirá uma atualização das instalações militares e é um voto de confiança para a Grécia, que está se tornando um centro de energia na região após a operação russa na Ucrânia.
"O texto [do MDCA] que somos chamados a ratificar [...] retrata uma nova realidade [...]. Os EUA estão ampliando sua presença no Mediterrâneo Oriental [...] e nosso país se torna da maneira mais clara o principal parceiro e interlocutor dos Estados Unidos na região."
De acordo com a mídia, a última emenda, acordada em 2021, amplia a cooperação ao permitir a presença de forças dos EUA em mais quatro áreas militares, incluindo dois campos do Exército no centro e norte da Grécia e uma base naval na ilha de Creta.
Atenas acredita que o acordo, que permanecerá em vigor por pelo menos cinco anos, também ajudará a protegê-la contra "ameaças" em sua fronteira terrestre ao norte com a Turquia e no Mediterrâneo Oriental, onde há disputas territoriais de longa data entre os dois aliados da OTAN.
O primeiro-ministro deve se encontrar com o presidente, Joe Biden, na Casa Branca na segunda-feira (16) e os dois líderes devem discutir a crise ucraniana, energética e as tensões no Mediterrâneo, escreveu a Reuters.