O novo ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, em seu primeiro pronunciamento ontem (11) pediu a realização de estudos que facilitem a "desestatização" da Petrobras e encaminhou o pedido ao Ministério da Economia.
Entretanto, após a requisição de Sachsida, o ministro da Economia, Paulo Guedes, discutiu com servidores e sindicalistas, segundo o jornal O Globo.
Em breve declaração, Guedes afirmou que não falaria sobre quem roubou a Petrobras, e que só queria encaminhar a solicitação da pasta de Minas e Energia.
"Eu não quero falar de quem roubou a Petrobras, de quem assaltou a Petrobras. Roubaram, foram condenados. Não quero falar disso. Quero apenas receber, como um programa de governo, que teve 60 milhões de votos, um pedido do novo ministro de Minas e Energias e encaminhar o processo", disse a autoridade em resposta aos protestos de sindicalistas que alegavam ser um crime vender a estatal.
Os servidores chegaram a cobrar que o ministro sentasse em uma mesa de negociação com eles, mas Guedes disse que essa função é de Caio Paes de Andrade, secretário de Desburocratização, Gestão e Governo Digital.
Com um clima tenso pela proximidade do protesto, a mídia relata que o chefe da Economia voltou a dizer que vivemos em uma democracia e que se respeitam os vencedores, no que foi interpelado por um servidor que disse que "vocês não respeitam ninguém". Foi nessa sequência que houve o bate-boca entre o ministro e os servidores.
Ao ser provocado com a alegação de que o governo destruiu o patrimônio do povo brasileiro, Guedes rebateu: "Nós vamos devolver ao povo brasileiro".