Panorama internacional

China adverte EUA a não provocarem confrontos enquanto firmam laços com países da ASEAN

Países-membros da Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN, na sigla em inglês) estão em Washington para cúpula com governo norte-americano. Pequim saudou o encontrou, mas sublinhou que China não promove confronto no bloco.
Sputnik
Após o anúncio da destinação de US$ 150 milhões (R$ 757 milhões) dos EUA para investimento em infraestrutura de países no Sudeste Asiático a fim de combater a China, Pequim pediu a Washington que atenda às necessidades das nações da ASEAN promovendo a paz e a cooperação, em vez de se envolver em confrontos.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Zhao Lijian, disse que a China saúda qualquer iniciativa que promova o desenvolvimento sustentável de longo prazo e a prosperidade comum na região, entretanto, acrescentou que o gigante asiático e a ASEAN não se envolvem em "jogos de soma zero" e não promovem o confronto do bloco, de acordo com o South China Morning Post.

"O que quero dizer é que a China e os EUA [...] podem ter um círculo de amigos em comum. A chave é ouvir as vozes dos países da Ásia-Pacífico para manter a paz e aprofundar a cooperação", afirmou o porta-voz citado pela mídia.

Zhao também disse que o governo chinês e nações da associação realizarão consultas presenciais sobre um código de conduta para o mar do Sul da China no Camboja no final deste mês.
A iniciativa norte-americana inclui no orçamento US$ 60 milhões (R$ 308,1 milhões) em segurança marítima e US$ 40 milhões (R$ 205,4 milhões) em infraestrutura para ajudar a descarbonizar o fornecimento de energia da região.
A vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, participa e discura em um almoço de trabalho com os líderes dos países da ASEAN, no Departamento de Estado durante a Cúpula EUA-ASEAN em Washington, DC, em 13 de maio de 2022
Em almoço na Casa Branca nesta sexta-feira (13) com os líderes dos países-membros da ASEAN, a vice-presidente, Kamala Harris, reafirmou a parceria estadunidense com as nações e disse que os EUA ainda ficarão na região "pelas próximas gerações", conforme noticiado.
Comentar