Vários Estados-membros da União Europeia (UE) planejam adiar a provisão de proibir as importações de petróleo russo para aprovar as outras futuras sanções do bloco contra a Rússia, escreve na sexta-feira (13) a agência norte-americana Bloomberg.
As fontes diplomáticas citadas pela Bloomberg indicam que apesar de os países europeus esperarem chegar na segunda-feira (16) a um acordo sobre a sexta rodada de sanções antirrussas em meio à operação especial da Rússia na Ucrânia, a ideia de atrasar o embargo está ganhando apoio. Ao mesmo tempo, vários Estados-membros estariam temendo que a exclusão dessa medida, mesmo parcial, seria um sinal de fraqueza.
Viktor Orbán, primeiro-ministro da Hungria, tem recusado apoiar o fim das importações petrolíferas, descrevendo os resultados dessa ação como uma "bomba atômica" na economia do país. Na quarta-feira (11), Budapeste disse que apoiaria um embargo apenas se as importações por oleodutos fossem excluídas das novas sanções planejadas. Orbán defendeu uma cúpula de líderes da UE sobre o assunto, sendo que a próxima será no final de maio, relata a agência.
Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, marcou uma chamada de vídeo com Orbán e outros líderes regionais para esta semana, mas ela foi adiada e ainda não tem nova data marcada.
A Hungria, assim como a Eslováquia, recebeu recentemente uma proposta de adiar o embargo petrolífero até o final de 2024, enquanto à República Tcheca foi sugerido que o fizesse até meados desse ano.
As novas sanções da UE precisam de apoio de todos os 27 Estados-membros, e preveem, além de um embargo petrolífero, cortar mais três bancos russos do sistema SWIFT, proibir a prestação de serviços de consultoria e relações públicas a empresas russas, e outras medidas.