Até 2014, as eleições presidenciais no Brasil foram marcadas pela polarização política entre PT e PSDB.
No entanto, com o ingresso do ex-tucano Geraldo Alckmin (PSB) como vice-candidato à Presidência da República na chapa de Lula, a rivalidade histórica entre os partidos parece ter se diluído.
Outra sinalização nesse sentido veio nesta sexta-feira (13). Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, Nunes, cacique do PSDB, classificou a atual situação do Brasil de "catastrófica".
“O segundo turno já começou, e eu não só voto no Lula como vou fazer campanha para ele no primeiro turno", afirmou.
Ele declarou que é preciso apoiar o petista para derrotar o atual presidente, Jair Bolsonaro (PL).
Apesar do esforço dos seus correligionários tucanos, o ex-ministro afirmou que não há espaço para a terceira via.
"Não existe essa terceira via. Só existem duas: a da democracia e a do fascismo. Se quisermos salvar o Brasil da tragédia de Bolsonaro, teremos de discutir o que vamos fazer juntos", declarou.
Nunes acrescentou não acreditar que João Doria (PSDB) cresça na disputa presidencial e alegou que a cúpula do partido está pressionando o ex-governador de São Paulo para desistir da candidatura.
Doria, por sua vez, já garantiu que não deixará a corrida eleitoral.
“Chegou-se a esse dilema no PSDB porque o partido não tem unidade interna para lançar um candidato a presidente da República. Num período de grande turbulência e exacerbação de Bolsonaro, não foi capaz de dar nenhum sinal claro para o eleitorado. Então desapareceu no cenário político. Sumiu”, criticou.
O jornal diz ainda que Lula já articula para colocar nomes do PSDB em ministérios, em caso de vitória da sua chapa presidencial.
Entre eles estaria Nunes, que, por sua vez, não confirmou a informação à publicação.