De acordo com os investigadores, citados pelo G1, foram realizados 29 planos de ataque para testar a confiabilidade das urnas. E nenhum deles chegou perto do objetivo, segundo a corte.
Em novembro, cinco dos 29 ataques às urnas conseguiram burlar alguma das barreiras de proteção do TSE. Mesmo assim, nenhum deles esteve próximo de acessar o sistema das urnas ou da apuração, segundo informou o presidente do tribunal à época, ministro Luís Roberto Barroso.
O ministro Luiz Edson Fachin, novo presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) em 23 de fevereiro de 2022
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O teste contou, durante seis dias, com especialistas em tecnologia da informação, como hackers, programadores, representantes de universidades e peritos da Polícia Federal. O objetivo do trabalho foi tentar acessar o sistema das urnas a fim de identificar possíveis falhas de segurança.
O juiz auxiliar da presidência do TSE, Sandro Nunes Vieira, garantiu, nesta sexta-feira (13), que "os planos de ataques que foram bem sucedidos em novembro tiveram melhorias implementadas pelo TSE que foram satisfatórias".
"Foram resolvidos os problemas encontrados pelos investigadores na primeira fase. Nos 29 planos [de ataques], nenhum deles conseguiu alterar nenhum voto sequer ou mexer na totalização dos votos registrados ou totalizados pelo TSE", disse Vieira.
Um dos ajustes promovidos pelo TSE corrigiu uma brecha, encontrada pela Polícia Federal, que poderia abrir caminho para eventual acesso indevido à entrada dos sistemas do tribunal.
No teste desta semana, a solução do TSE para o problema foi validada pela PF. A corporação fez uma nova tentativa de acesso, mas fracassou, e os ataques foram derrubados.