"19 de maio é o dia em que, sem autorizações adicionais, começamos a não ter a capacidade de enviar novas coisas [insumos militares para a Ucrânia]", disse Kirby durante coletiva de imprensa.
O porta-voz disse ainda que há a possibilidade de uma interrupção no envio de armas e demais artefatos bélicos para o país.
"Se não conseguirmos essas autorizações em breve, é possível que haja um hiato, um período de tempo em que simplesmente não haverá nada se movendo, e queremos ter certeza de evitar isso", declarou.
A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos aprovou, na terça-feira (10), uma lei de financiamento suplementar de US$ 40 bilhões (cerca de R$ 205 bilhões) em assistência à Ucrânia, em meio à operação militar especial da Rússia.
Do total, US$ 20 bilhões (R$ 103 bilhões, aproximadamente) serão destinados somente para o setor de defesa.
O projeto de lei foi aprovado quando já tinha 366 votos favoráveis e apenas 55 contrários. Agora a proposta seguirá ao Senado dos EUA.
A legislação foi proposta pelo presidente norte-americano, Joe Biden. O texto original indicava um pacote de ajuda no valor de US$ 31,9 bilhões (cerca de R$ 169 bilhões), mas os parlamentares elevaram o montante para US$ 39,7 bilhões (R$ 203,8 bilhões).
Hoje (13), Kirby acrescentou que ainda não há decisão sobre os US$ 150 milhões (R$ 770 milhões) restantes da autorização presidencial e ele não espera uma determinação tão cedo.
Na semana passada, Biden anunciou a aprovação de um pacote de US$ 150 milhões em assistência de segurança adicional à Ucrânia que inclui munições de artilharia, radar e outros equipamentos.
Durante o anúncio, o presidente afirmou que o governo quase esgotou o financiamento que pode ser usado para apoiar o país europeu.
Embora o pacote fosse de valor "baixo", comparado ao aprovado na última terça-feira (10) pela Câmara, ele incluiu US$ 6 bilhões (R$ 30,8 bilhões) em fundos para a Iniciativa de Assistência à Segurança da Ucrânia (USAI, na sigla em inglês).
Essa estratégia não se baseia diretamente nos estoques dos EUA, já que o dinheiro da iniciativa permite que o governo adquira armas de terceiros e as repasse à Ucrânia.