Em entrevista coletiva neste domingo (15), Madbouly falou sobre as consequências do conflito, dizendo que foi imposto ao país africano um "enorme fardo financeiro".
"Investimos 130 bilhões de libras [egípcias, R$ 35,4 bilhões] para cobrir o aumento dos preços de bens estratégicos", disse Madbouly, ressaltando as políticas para segurar a inflação do país.
De acordo com a RT, ele também disse que o atual conflito entre a Rússia e a Ucrânia elevou os preços de produtos vitais, colocando enormes desafios à economia egípcia.
"Em maio de 2021, o preço do barril de petróleo era de US$ 67 [R$ 339], agora chegou a US$ 112 [R$ 566], enquanto uma tonelada de trigo custava US$ 270 [R$ 1.366] há um ano, agora pagamos os mesmos volumes com base em um preço de US$ 435 [R$ 2.201]", explicou Madbouly.
Em sua entrevista coletiva, ele ainda disse que, antes, o Egito importava 42% de grãos, enquanto 31% dos turistas eram da Rússia e da Ucrânia, "e agora temos que buscar mercados alternativos".
A taxa de desemprego do Egito caiu para 7,2% entre janeiro e março, ante 7,4% no trimestre anterior, disse hoje (15) a agência estatal de estatísticas Capmas.
A agência também informou que a taxa de inflação anual do Egito subiu para 14,9% em abril, significativamente superior aos 12,1% do mês anterior.
Em março, o Banco Central do Egito elevou sua principal taxa de juros pela primeira vez desde 2017, citando pressões inflacionárias desencadeadas pela pandemia de COVID-19 e pelo conflito entre Rússia e Ucrânia, que elevou os preços do petróleo em níveis recordes.