O anúncio do presidente Sauli Niinisto e da primeira-ministra Sanna Marin ocorreu durante uma coletiva de imprensa no Palácio Presidencial em Helsinque.
Dentro dos próximos dias, o Parlamento finlandês deverá aprovar a decisão.
Após a aprovação, a solicitação formal de adesão será submetida à OTAN em Bruxelas, o que deve ocorrer na próxima semana.
A Finlândia e a Rússia compartilham uma fronteira de 1.300 quilômetros, disse o ministro das Relações Exteriores da Finlândia, Pekka Haavisto, acrescentando que Helsinque gostaria de continuar mantendo a paz na região.
O presidente russo, Vladimir Putin, teve uma conversa telefônica com seu colega finlandês, Sauli Niinisto, sobre a intenção de Helsinque de aderir à OTAN, em uma ligação realizada pela Finlândia no sábado (14).
Putin disse a Niinisto que a adesão da Finlândia à OTAN pode ter um impacto negativo nas relações entre os dois países, que foram construídas no espírito de boa vizinhança e parceria e prosperam em benefício mútuo.
Putin reiterou que Moscou não representa nenhuma ameaça para Helsinque, portanto, abandonar a política tradicional finlandesa de neutralidade militar seria um erro.
Por sua parte, Niinisto disse a Putin que as exigências da Rússia visando impedir que os países se juntem à OTAN e sua operação militar especial na Ucrânia alteraram fundamentalmente o ambiente de segurança na Finlândia.