Manfred Weber, líder do Partido Popular Europeu (PPE), o maior do Parlamento Europeu, ameaçou a Turquia de isolamento dentro da OTAN se decidir bloquear as propostas de adesão da Finlândia e da Suécia.
"Qualquer um que questione a unidade da OTAN se isolará dentro da comunidade", disse no domingo (15) Weber.
O legislador da UE sublinhou que, se a adesão à OTAN é o que a Finlândia ou a Suécia querem, ela deve ser permitida. O líder partidário afirmou que não havia motivos razoáveis para negar aos dois países o direito de aderir à aliança.
Jens Stoltenberg, secretário-geral da OTAN, por sua vez, declarou que a aliança está planejando aumentar sua presença na região do Báltico e fornecer garantias de segurança para a Finlândia e a Suécia e que já está revendo suas propostas para aderir à OTAN. Ele também espera que os países resolverão as divergências com a Turquia.
"Estou confiante de que seremos capazes de encontrar uma base comum, um consenso sobre como avançar nas questões de adesão", disse Stoltenberg.
A Finlândia anunciou hoje (15) que se candidatará à adesão à OTAN, enquanto a Suécia ainda não referiu sua posição oficial. Ambas começaram a considerar a adesão à OTAN como opção após o início da operação militar especial da Rússia na Ucrânia.
Ancara criticou a possibilidade de adesão da Suécia e da Finlândia, com o presidente turco Recep Tayyip Erdogan acusando esses países de abrigarem "organizações terroristas", inclusive "nos seus parlamentos". Ao mesmo tempo, Ibrahim Kalin, porta-voz de Erdogan, explicou que a Turquia não está fechando a porta à entrada de Estocolmo e Helsinque e que quer ver essa questão resolvida.
A Rússia também critica uma filiação desses país, advertindo que isso apenas deteriorará ainda mais as relações bilaterais.