Nesta segunda-feira (16), o presidente, Recep Tayyip Erdogan, disse que a Turquia não pode dizer "sim" à adesão da Finlândia e da Suécia à OTAN, acrescentando que é "impossível".
"Não podemos dizer sim. Caso contrário, a OTAN não será uma organização de segurança, mas se tornará um lugar onde haverá muitos representantes de terroristas. Não podemos dizer sim, sem ofensa", disse o líder turco durante um briefing.
Segundo Erdogan, não se pode acreditar na garantia de que os dos dois países não apoiarão "terroristas". Por "terroristas", a Turquia identifica curdos residentes na Suécia e na Finlândia que são suspeitos de serem afiliados aos grupos militantes PKK e YPG, e seguidores do clérigo islâmico Fethullah Gulen, que vive nos EUA.
Continuando, o mandatário também disse que Ancara não diria "sim" àqueles que impõem sanções à Turquia. Entretanto, ao mesmo tempo, o presidente anunciou que delegações da Finlândia e da Suécia visitarão a Turquia na segunda-feira (23).
De acordo com Ancara, a Suécia e a Finlândia até agora rejeitaram os pedidos da Turquia para extraditar um total de 33 suspeitos supostamente ligados ao PKK e ao movimento Gulen, que, acredita o governo de Erdogan, estavam por trás da tentativa fracassada de golpe em 2016.
Tanto Estocolmo quanto Helsinque anunciaram oficialmente sua intenção de se candidatar à OTAN. No entanto, o goveno russo já se pronunciou sobre o assunto e disse que a adesão dos países à Aliança Atlântica pode provocar "medidas técnico-militares" por parte de Moscou.