O Senado dos EUA concordou, nesta terça-feira (17), em uma votação com 88 votos a favor e 11 contra, em avançar com a legislação intitulada Pacote de Ajuda Suplementar à Ucrânia. O projeto segue agora para uma votação final.
Os senadores Josh Hawley, Rand Paul e Marsha Blackburn estão entre os que votaram contra e criticaram a iniciativa.
"A conta de US$ 40 bilhões [R$ 202 bilhões] da Ucrânia representa um retorno à construção da nação. Escolha errada. Eu sou um não", disse Hawley.
Em entrevista à Fox News, o senador também disse que a legislação parece ser parte de um "globalismo desfocado", em vez de uma política externa nacionalista.
"Há preocupações de que o financiamento da Ucrânia possa prejudicar as prioridades domésticas, incluindo a segurança da fronteira sul", disse Hawley. Ele ressaltou que a quantia "é cerca de três vezes maior" do que aquela com que a Europa contribuiu.
As preocupações são compartilhadas por legisladores como o senador Rand Paul, que tentou fazer adendos ao texto para supervisionar o dinheiro gasto e o envio de armas.
Rand Paul também expressou apreensão com o impacto de enviar uma quantia tão grande de financiamento em meio a preocupações inflacionárias nos EUA.
A Câmara norte-americana, no início deste mês, aprovou a legislação em uma votação que terminou em 368 contra 57.
O projeto foi proposto pelo presidente norte-americano, Joe Biden. O texto original indicava um pacote de ajuda no valor de US$ 31,9 bilhões (cerca de R$ 169 bilhões), mas os parlamentares elevaram o montante para US$ 39,7 bilhões (R$ 203,8 bilhões).
A proposta do governo incluía US$ 20,4 bilhões (R$ 104,7 bilhões) em ajuda militar, US$ 8,5 bilhões (R$ 43,6 bilhões) em apoio econômico e US$ 3 bilhões (R$ 15,4 bilhões) em assistência humanitária.
A Câmara dos EUA acrescentou US$ 3,4 bilhões (R$ 17,4 bilhões) em ajuda de defesa e US$ 3,4 bilhões (R$ 17,4 bilhões) em assistência humanitária ao pedido inicial de Biden.