Enquanto a Indonésia se prepara para sediar a cúpula do G20 deste ano, prevista para novembro, o país se recusa a ceder à pressão do Ocidente e banir a Rússia do fórum econômico global por conta da operação russa na Ucrânia.
A embaixadora da Rússia no país do Sudeste Asiático, Lyudmila Vorobieva, disse à Sputnik que os representantes de Moscou já estão participando das reuniões do G20 – tanto on-line quanto presencialmente – e que as relações bilaterais entre as duas nações permanecem fortes.
Denis Bolotsky, da Sputnik, conversa com embaixadora russas na Indonésia, Lyudmila Vorobieva
© Sputnik / Denis Tetyushin
Segundo Vorobieva, cerca de 150 reuniões foram planejadas e todas estão contando com a presença de Moscou, o que mostra que "os esforços para excluir a Rússia do G20 são absolutamente ilógicos. É uma minoria de países que estão tentando impor sua vontade à maioria que não tem intenção de excluir a Rússia deste fórum, incluindo a Indonésia", afirmou.
"A posição da Indonésia foi muito equilibrada. O país pensa que o G20 é um fórum que deve discutir questões econômicas e financeiras globais relevantes, e a atenção deste fórum não deve ser desviada para arrastar crises políticas que não têm relação com a agenda do G20", declarou a embaixadora.
Vorobieva também chamou atenção para o crescimento das negociações entre as duas nações, quando "em 2021 houve um salto de 40% no comércio entre Moscou e Jacarta, e em janeiro deste ano, tivemos um crescimento de 60% nas relações comerciais".
No final de março, o presidente dos EUA, Joe Biden, defendeu a exclusão da Rússia do G20 e disse que a pauta tinha sido discutida com a OTAN, conforme noticiado.
Alguns países do ocidente apoiaram a medida do democrata, mas alguns não, como o Brasil, que em abril através da sua chancelaria, se opôs à saída de Moscou do bloco, segundo a Agência Brasil.