Nesta quinta-feira (19), durante uma videoconferência entre os ministros das Relações Exteriores dos cinco países do BRICS e vários terceiros estados, o ministro do MRE chinês, Wang Yi, enfatizou a necessidade do bloco de "demonstrar ainda mais abertura e inclusão".
“A solidariedade e a cooperação com os países emergentes e em desenvolvimento é uma excelente tradição dos países do BRICS, e é também um caminho inevitável para o desenvolvimento e crescimento do mecanismo do bloco”, disse o ministro chinês.
Para alcançar esses objetivos, Wang pediu para se "fazer bom uso do modelo BRICS+, explorando o desenvolvimento da cooperação em níveis mais altos, em um campo mais amplo e em maior escala, promovendo a normalização e institucionalização das atividades do bloco e estabelecendo associações mais amplas".
"O lado chinês propõe iniciar o processo de expansão do BRICS, discutir os padrões e procedimentos dessa expansão e formar gradualmente um consenso. Isso ajudará a demonstrar a abertura e inclusão dos países do BRICS, atender às expectativas dos países de mercado emergente e aqueles em desenvolvimento, e aumentará a representatividade e influência dos estados membros do BRICS, fazendo maiores contribuições para a paz e o desenvolvimento mundial", disse o ministro.
A reunião de hoje (19) foi composta por duas partes: na primeira, os chanceleres do BRICS discutiram temas como a recuperação econômica, a estabilidade internacional e o conflito na Ucrânia. Na segunda parte, juntaram-se os chanceleres da Arábia Saudita, Argentina, Cazaquistão, Egito, Emirados Árabes Unidos, Indonésia, Nigéria, Senegal e Tailândia, segundo o Itamarty.
Na quinta-feira passada (12), a China convidou a Argentina a participar da cúpula de hoje (19). Buenos Aires aceitou o convite e enfatizou, através de sua chancelaria, que o chamado é "sumamente importante", sobretudo em vista do antigo interesse da Argentina de ingressar no BRICS, conforme noticiado.