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Itamaraty sobre entrada da Argentina no BRICS: 'Não há discussão para eventual ampliação do grupo'

© Folhapress / Pedro LadeiraFachada do Palácio Itamaraty, em Brasília (foto de arquivo)
Fachada do Palácio Itamaraty, em Brasília (foto de arquivo) - Sputnik Brasil, 1920, 08.02.2022
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Segundo nota divulgada pela chancelaria do Brasil, "não há processo estabelecido oficialmente para a entrada de novos membros" no bloco, portanto, o Itamaraty não enxerga espaço para o ingresso do país vizinho no grupo.
Alguns dias após o encontro entre o presidente argentino, Alberto Fernández, e o presidente da Rússia, Vladimir Putin, no qual Fernández pediu a Putin o ingresso da Argentina no BRICS, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil enviou uma nota à Folha de São Paulo hoje (8) dizendo que "não há discussão sobre ampliação do BRICS".

"O BRICS é um grupo informal de coordenação e cooperação entre cinco países emergentes significativos, que representam 53% da população, 24% do território e 24% do PIB mundiais. Não há um 'acordo constitutivo' do agrupamento, dada sua natureza informal, portanto não há processo estabelecido oficialmente para a entrada de novos membros [...]. Não há no grupo, no momento, discussão sobre sua eventual ampliação", afirmou o Itamaraty.

Segundo a mídia, interlocutores do governo do presidente, Jair Bolsonaro, acreditam que o Brasília possa criar barreiras para entrada da Argentina por dois fatores: o primeiro, é que o eventual ingresso representaria uma diluição do poder do Brasil, que, como único representante da América Latina, atua como líder regional no grupo.
O segundo é a consideração de que o BRICS foi fundado como um bloco limitado e que abrir as portas para um novo membro latino-americano poderia desencadear discussões sobre a inserção de mais países de outros continentes, gerando atritos com os outros membros atuais.
Além dos motivos citados, é de conhecimento público o relacionamento distante entre Bolsonaro e Fernández, a ponto de, no ano passado, quando o Brasil assumiu a cúpula do Mercosul, o presidente brasileiro fazer duras críticas ao governo argentino que estava administrando o bloco anteriormente.
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