Panorama internacional

Damasco diz que áreas ocupadas por tropas dos EUA em breve retornarão ao controle do governo

Os Estados Unidos e seus aliados da milícia curda síria controlam amplas faixas de território no leste da Síria, principalmente áreas que produzem petróleo, gás e alimentos.
Sputnik
Damasco voltou a acusar Washington, nesta quinta-feira (19), de roubo dos recursos sírios, enfatizando que os EUA devem retirar suas forças do país imediatamente.
Segundo o ministro das Relações Exteriores sírio, Faisal Mekdad, a ocupação norte-americana no leste da Síria será encerrada em breve.
Ele falou sobre os planos das Forças militares norte-americanas e das Forças Democráticas da Síria (SDF, na sigla em inglês) para construir uma refinaria de petróleo na província de Al-Hasakah.
O governo sírio estima que a capacidade das instalações que estão sendo erguidas nos campos de Rmelan pode girar em 3 mil barris por dia, e entende que a construção da refinaria representa "um grande aumento do roubo e pilhagem do petróleo sírio da região".
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Em declarações para uma televisão local, Mekdad chamou a presença norte-americana na Síria de ilegal, e disse que as regiões ocupadas pelas forças americanas "logo estarão sob a autoridade do governo de Damasco".
Mekdad pediu às milícias curdas das Forças Democráticas Sírias que percebam que os EUA eventualmente se retirarão do país, abandonando-as.
O ministro das Relações Exteriores afirmou que o apoio de Damasco à causa palestina e seus esforços para libertar territórios ocupados por Israel nas Colinas de Golã e no sul do Líbano estão entre as principais causas por trás do conflito apoiado por estrangeiros que abala a Síria desde 2011.
"Dado o forte compromisso da Síria com tais posições, bem como sua localização estratégica e grande influência regional, nações hostis vêm tentando afetar as políticas do governo de Damasco. Tendo falhado em suas tentativas, eles recorreram ao terrorismo e patrocinaram essa ameaça com bilhões de dólares", afirmou.
As forças dos EUA ocupam áreas ricas em petróleo e alimentos da Síria desde 2017, entrando no país sob o pretexto de combater o Daesh (organização terrorista proibida na Rússia e em vários outros países).
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Os terroristas invadiram o norte e oeste do Iraque e o leste da Síria de 2013 a 2017, proclamando um califado, antes de serem repelidos e derrotados por uma ampla coalizão internacional.
O governo Biden não expressou intenção de retirar as forças dos EUA da Síria, com pelo menos 900 soldados e um número desconhecido de mercenários operando em diversas bases.
Autoridades sírias e a mídia acusaram essas forças de proteger instalações de produção de petróleo e gás e de escoltar comboios de petroleiros e caminhões carregados de alimentos para fora do país para o Iraque, enquanto traziam armas e suprimentos para as bases.
Joe Biden insiste que a presença ilegal dos EUA no país visa "impedir o ressurgimento" do terrorismo.
Enquanto isso, o Exército sírio confronta regularmente as forças de ocupação dos EUA, bloqueando estradas locais e estabelecendo postos de controle para tentar impedir a passagem de veículos blindados americanos.
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