A Divisão de Investigação Criminal da Polícia Militar de Israel acredita que uma investigação que trata soldados israelenses como suspeitos levará a uma cisão social dentro da sociedade israelense, informou o Jerusalem Post nesta quinta-feira (19).
"Tendo em vista a natureza da atividade operacional, que incluiu intensos combates e extensas trocas de tiros, decidiu-se que não havia necessidade de abrir um inquérito", diz uma nota emitida pelas FDI.
A jornalista foi morta por um soldado israelense na semana passada, de acordo com testemunhas e colegas que estavam presentes quando ela foi baleada. Ela cobria uma violenta manifestação na cidade de Jenin, na Cisjordânia.
Em resposta ao relatório, a família de Abu Akleh disse que não ficou surpresa com o fato de os militares israelenses potencialmente não investigarem sua morte.
Em sua defesa, os militares de Israel disseram que entraram em Jenin para realizar prisões e foram recebidos por "disparos generalizados e descontrolados", além de tiros por dispositivos explosivos improvisados lançados contra as tropas.
Israel também sustenta que, em meio ao tiroteio, será muito difícil encontrar o projétil que matou a jornalista, tornando praticamente impossível fazer o exame de balística. Deste modo, escreve a publicação, não se pode garantir de quem partiu o tiro que matou Shireen Abu Akleh.
No dia em que foi morta, Abu Akleh estava usando um capacete e um colete que mostrava em destaque a palavra "imprensa".
A família Abu Akleh recebeu garantias do governo dos EUA de que seu assassinato seria investigado.