Parceiros do bloco estariam enxergando a vontade chinesa como uma tentativa de liderar países emergentes, de acordo com uma reportagem veiculada pelo jornal Valor Econômico hoje (22).
Citando "importantes observadores", o texto afirma que, sem a operação militar da Rússia na Ucrânia, a expansão do bloco faria sentido e seria algo como um E7 (Emerging 7 — ou os 7 Emergentes, em tradução livre), ou seja, um contraponto ao G7, que concentra as sete economias mais ricas do planeta.
O mercado já vem usando o termo, argumenta a publicação, para enfatizar o peso econômico mundial de Brasil, Rússia, Índia e China e mais México, Indonésia e Turquia. A reportagem acrescenta que "a África do Sul continuaria como sócio".
A reportagem cita uma fonte argumentando que não é o momento para a expansão do BRICS porque seria um movimento "complicado" na "cena internacional", porque pareceria uma sinalização contra o Ocidente.
Isso porque o Brasil, por exemplo, almeja ingressar na Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) a fim de "impulsionar reformas estruturais" — algo que, até o momento, jamais se concretizou.
Até agora, critérios para futuros membros do BRICS não foram discutidos. Um total de nove países foi convidado pela China, atual presidente na rotatividade do grupo, para participar das atividades, o que é normalmente realizado por quem está na liderança temporária do bloco.
A Argentina se candidatou para se integrar ao bloco, mas nada está definido. Nos corredores de Brasília, no entanto, apenas a adesão do país vizinho ao Novo Banco de Desenvolvimento do BRICS é apoiada.