Em carta ao presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, Viktor Orbán denunciou nesta terça-feira (24) que o bloco segue longe de uma coalizão para sancionar o petróleo e o gás russos.
Budapeste resistiu à proposta da UE para proibir os insumos russos, com o primeiro-ministro húngaro argumentando que as sanções do bloco só funcionam "no papel". Ele acrescentou que um acordo sobre o embargo é "muito improvável" nos próximos dias.
Para Viktor Orbán, a falta de consenso entre os líderes europeus indica a improdutividade de discutir o pacote de sanções.
"Olhando para a gravidade das questões ainda em aberto, é muito improvável que uma solução abrangente possa ser encontrada antes da reunião especial do Conselho Europeu, em 30 e 31 de maio", escreveu Orbán, segundo informações da AFP.
O primeiro-ministro húngaro também recomendou que o assunto não seja abordado na próxima reunião.
A posição da Hungria sobre o embargo petrolífero russo proposto permanece firme, com Budapeste continuando a resistir ao movimento de Bruxelas para proibir os produtos energéticos da Rússia.
Orbán argumentou que seu país não pode apoiar sanções contra Moscou que minem a segurança energética húngara.
Em contrapartida, a ministra alemã das Relações Exteriores, Annalena Baerbock, expressou o otimismo de que a União Europeia chegará a um consenso sobre o sexto pacote de sanções "em breve".