Panorama internacional

Von der Leyen admite que a UE não pode proibir total e imediatamente petróleo e gás da Rússia

A presidente da Comissão Europeia contou em entrevista ao canal MSNBC que a Europa ainda está dependente dos hidrocarbonetos russos, e que a Rússia pode sair beneficiada optando por outros mercados.
Sputnik
A União Europeia (UE) não pode impor uma proibição total e imediata ao abastecimento energético russo, disse Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, em entrevista ao canal MSNBC publicada na segunda-feira (23).
Ela afirmou que é necessário pensar estrategicamente e encontrar o equilíbrio certo sobre as sanções contra a Rússia, para não prejudicar muito a economia europeia.
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Assim, ela explicou que se a Europa impuser imediatamente um embargo ao petróleo russo, Vladimir Putin, presidente da Rússia, "provavelmente será capaz de transferir o petróleo que não vende à UE para o mercado mundial, onde os preços subirão, e obter um preço mais alto por ele".
"Temos que ser estratégicos", advertiu a alta responsável.
Ao mesmo tempo, von der Leyen sublinhou que a UE eventualmente desistirá da energia russa, sem referir quando isso acontecerá.
"Se o presidente Putin conseguiu alguma coisa, foi a perda de seu melhor cliente. A Europa nunca mais voltará", frisou ela, acrescentando que a Europa está caminhando para a "energia limpa e renovável".
A União Europeia impôs cinco rodadas de sanções à Rússia desde o começo de sua operação especial na Ucrânia, entre finais de fevereiro e início de abril. No entanto, a sexta rodada de sanções, que inclui um embargo ao petróleo e gás russos, tem demorado devido à alta dependência do bloco dos hidrocarbonetos da Rússia, com países como a Hungria em particular, mas também a Alemanha, Eslováquia, República Tcheca e Bulgária demonstrando sofrer com uma proibição imediata ao fornecimento.
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