As delegações da Finlândia e da Suécia se reuniram com dirigentes turcos em Ancara por cinco horas, para debater a adesão dos dois países.
"Sem atender às questões de segurança da Turquia, nenhum processo sobre a expansão da OTAN pode continuar [...] A OTAN é uma organização de segurança", declarou o porta-voz turco.
A Turquia solicitou que os dois países levantassem as restrições às as restrições à exportação de armas à Turquia, bem como extraditassem pessoas ligadas ao Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), considerado um grupo terrorista pela Turquia, União Europeia e Estados Unidos.
Ancara já deixou claro que pressionará a Suécia em relação a estas questões, já que, segundo os turcos, Estocolmo fornece armas aos curdos, que são usadas nos conflitos na fronteira com a Turquia.
Anteriormente, Ancara disse precisar de "garantias concretas" de Estocolmo quanto ao corte de todas as relações com os grupos ligados ao Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK).
Um memorando distribuído pelo departamento de imprensa do governo listou as seguintes demandas:
Término do apoio político ao terrorismo;
Eliminação da fonte de financiamento do terrorismo;
Cessação do apoio armamentista ao PKK/PYD;
Levantamento de embargos e sanções contra a Turquia;
Cooperação global contra o terrorismo.
Em outra ocasião, o presidente turco Recep Tayyip Erdogan, disse que a Turquia não pode apoiar a adesão da Finlândia e da Suécia à OTAN, acrescentando que tal é "impossível".
A Suécia e a Finlândia expressaram seu desejo de aderir à OTAN após o começo da operação militar especial da Rússia na Ucrânia, mas tanto Ancara como Moscou criticaram a iniciativa.