Conforme relatos da mídia americana, a administração Biden pode entregar a Kiev sistemas de mísseis HIMARS e M270 MLRS, que vão ser equipados com projéteis guiados М31 GMLRS.
Antonov notou que tais informações precisam ser cuidadosamente analisadas.
"No momento, baseamo-nos na alegação do representante oficial do Pentágono [John] Kirby de que a decisão final em relação ao assunto ainda não foi tomada. Esperamos que o bom senso prevaleça e Washington não dê um passo tão provocativo", afirmou o embaixador citado pela entidade no Telegram.
Ele notou que a Rússia têm explicado repetidamente sua posição aos EUA, por via diplomática, de que os fornecimentos sem precedentes de armas à Ucrânia aumentam de maneira significativa os riscos de escalada do conflito.
"Os americanos entendem muito bem que suas ações afastam as perspectivas de alcançar a paz. Os Estados Unidos estão se envolvendo cada vez mais profundamente na crise na Ucrânia. Isso pode ter consequências imprevisíveis para a segurança global", acrescentou o diplomata russo.
Nas palavras de Antonov, no caso de entrega dessas armas há riscos de que elas sejam implantadas perto da fronteira com a Rússia, o que permitirá aos ucranianos atacar cidades russas.
"Tal situação é inaceitável e inadmissível para nós. Estou certo de que nossas Forças Armadas tomarão todas as medidas necessárias para neutralizar as capacidades do Exército ucraniano", ressaltou.
Na sua opinião, para resolver o conflito mais rapidamente, Washington e Kiev devem admitir a realidade: isso permitiria avançar na regularização política e impedir que a situação de segurança internacional se deteriore.
O representante oficial do Pentágono, John Kirby, anunciou na sexta-feira (27) que os EUA ainda não tomaram a decisão final sobre o envio de novos mísseis para a Ucrânia.