A Comissão Europeia propôs no sábado (28) aos Estados-membros da União Europeia (UE) o adiamento da proibição de entregas de petróleo da Rússia através do principal oleoduto Druzhba (Amizade em português), informou a agência norte-americana Bloomberg, citando fontes familiarizadas com o assunto.
A medida pretende "adiar as restrições às importações de um oleoduto-chave em um esforço para atender às objeções húngaras e chegar a um acordo sobre um pacote de sanções bloqueado", refere a agência.
Segundo o plano, os Estados-membros cancelariam suas importações do petróleo cru por via marítima em seis meses e de produtos petrolíferos refinados em oito meses, dando mais tempo a países como a Hungria, Eslováquia e a República Tcheca para encontrar soluções que satisfaçam suas necessidades energéticas.
A proposta da Comissão Europeia também prevê que a Bulgária tenha um período de transição até junho ou dezembro de 2024 e que a Croácia receba uma isenção para as importações de diesel, indicam as fontes.
Outra das concessões oferecidas em relação às propostas de embargo anteriores tem a ver com uma provisão que afetaria serviços ligados ao fornecimento de petróleo a países terceiros.
"O rascunho atualmente proíbe a prestação de assistência técnica, serviços de corretagem ou financiamento ou assistência financeira nos seis meses seguintes à sua adoção. A proposta anterior também incluía 'quaisquer outros serviços', o que foi entendido como uma referência ao fornecimento de seguro para os carregamentos", escreve a Bloomberg.
Uma reunião de embaixadores da UE está marcada para este domingo (29) de forma a discutir a iniciativa, disseram as fontes.