"O cenário internacional está ruim e vai piorar. Isso não é culpa do Bolsonaro, mas nos últimos dois anos ele gastou muito mal o dinheiro, como no caso do orçamento secreto, o que limitou a possibilidade de aumentar o [programa] Auxílio Brasil de maneira sustentável e o seguro-desemprego. Assim, nada ficará sustentável do ponto de vista fiscal", disse o especialista.
"Se tomar medidas populistas, o que é possível, vai afastar ainda mais os investimentos", afirmou Praça.
"Como o Lula lidera tanto no primeiro como no segundo turno, geraria maior incerteza se ele não dissesse nada sobre o comando da economia. Seria bom se desse uma pista maior", opinou.
'Questão é mais política do que econômica'
"Empresários que imaginavam ter mais postos de trabalho talvez não contratem. O processo [eleitoral] pode afetar a criação de empregos. Tudo vai depender de quais as propostas dos candidatos, quais os planos de governo e como vão lidar com problemas econômicos existentes", analisou Inhasz.
"Independentemente de Lula ou Bolsonaro, a questão é mais política do que econômica. É sobre implementar pautas que consigam impactar o emprego e entender a reação da sociedade e como os agentes econômicos vão responder", afirmou.