O mandatário sublinhou que Ancara se opõe à adesão destes países à OTAN "em nome de todos os membros que até agora têm sido alvos do terrorismo".
"A Turquia quer que os países candidatos controlem as atividades de todas as organizações terroristas e extraditem os membros dessas organizações. Apresentámos provas claras às autoridades desses países e aguardamos a sua intervenção", escreveu Erdogan em seu artigo para o The Economist.
"Além disso, a Turquia quer que estes países apoiem as operações antiterroristas dos membros da OTAN. O terrorismo constitui uma ameaça para todos os membros e os países candidatos devem reconhecer esta realidade antes de aderirem. A menos que eles tomem as medidas necessárias, a Turquia não mudará a sua posição sobre esta questão", ressaltou o líder turco.
Ante a situação na Ucrânia, a Finlândia e a Suécia enviaram em 18 de maio ao secretário-geral da OTAN os pedidos para ingresso na aliança, mas a Turquia ameaça vetar a adesão dos dois países nórdicos. Erdogan afirmou que Ancara é contra o ingresso porque não pode acreditar nas suas promessas quanto às ligações com os representantes do Partido dos Trabalhadores do Curdistão, proibido na Turquia.
A Rússia, por sua vez, considera que as ações do bloco visam a confrontação. O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, declarou que a nova expansão da OTAN não levará a uma maior segurança na Europa.
Entretanto, o presidente Vladimir Putin acredita que a recusa da política tradicional finlandesa de neutralidade militar seria um erro, porque realmente não há qualquer ameaça à sua segurança.