Embora não tenha sido apresentada qualquer ação formal, vários membros do bloco comercial no golfo Pérsico estão antecipando um aumento de produção nos próximos vários meses que poderia estar ligado a um aparente esforço ocidental para fazer a Arábia Saudita, os Emirados Árabes Unidos e outros países da OPEP bombearem mais óleo cru e reduzirem os atuais preços de petróleo exorbitantes.
"Todos nós concordamos que a Rússia está tecnicamente fora da participação efetiva na Declaração de Cooperação no momento", disse ao jornal um delegado da OPEP, referindo-se a um documento estabelecido há cinco anos.
O relato surge em meio ao anúncio do embargo parcial contra o petróleo russo na última rodada de sanções impostas pela EU, ameaçando a capacidade de Moscou de bombear o petróleo cru.
A OPEP, que coordena a produção de petróleo com Moscou desde 2016, deverá realizar a sua 29ª Reunião Ministerial da OPEP e não-OPEP em formato virtual em 2 de junho.
Espera-se que os 13 membros e dez produtores não membros do bloco aprovem um aumento de cerca de 432.000 barris por dia na tentativa de fazer retornar a produção para níveis pré-pandêmicos.
Os líderes norte-americanos e europeus argumentaram, porém, que a série de aumentos incrementais não são suficientes para produzir os resultados desejados.
O Ministério da Energia da Rússia disse que não vai comentar os relatos relacionados até depois da reunião de quinta-feira (2).