"O número de agências físicas vai diminuir cada vez mais. A tendência é que precisemos menos, o que abre espaço para fintechs. Sendo competitiva e prestando bons serviços, consegue atrair o cliente", disse Teixeira.
"Logicamente é uma questão muito importante para instituições financeiras ter credibilidade e solidez, que vêm da competência de quem gere", advertiu.
Fim das agências bancárias?
"Hoje, com apps de bancos permitindo transações financeiras, a quantidade de agências perde importância. Fintechs nem agência têm", destacou Teixeira.
"No futuro, a tendência mesmo é que as grandes instituições, bem geridas, tratem 90% das suas transações de forma digital. A acessibilidade, que causou a concentração, não será tão necessária", indicou o especialista.
"A população mais pobre, que é majoritária no Brasil, ainda não tem acesso aos canais digitais com a facilidade que outras classes sociais têm", disse.
"A redução da concentração claramente cria uma competição, aumenta a competitividade. Quanto mais 'players' prestando serviços semelhantes, mais as tarifas tendem a cair, mais as instituições ficam abertas e investem em um bom atendimento aos clientes. Mas deve-se sempre tomar cuidado com a solidez e a credibilidade dos serviços", recordou.
"A democratização é muito boa, mas também se perde um pouco de informação", afirmou, ao comentar que com a concentração era menos complexo entender o mercado. "Por isso é sempre muito importante estudar bem a instituição onde colocar os recursos."