"Algumas das sanções que temos contra a Rússia afetam alguns dos países da minha região — o Brasil pode obter fertilizantes para seu país, o Paraguai, [vender] carne", disse Richardson durante um painel virtual com o Instituto das Américas.
Richardson disse que a Rússia consumia 30% das exportações de carne bovina do Paraguai, mas agora, supostamente, não pode pagar por isso.
No mês passado, o embaixador russo na Organização das Nações Unidas (ONU), Vasily Nebenzya, disse que as novas restrições bancárias e o medo de violar as sanções causaram atrasos ou mesmo encerramentos de transações entre a Rússia e parceiros comerciais em muitos países, incluindo agricultores ocidentais que dependem de fertilizantes russos. Por isso, Nebenzya disse que não faz sentido discutir isenções de sanções.
Em 19 de maio, o embaixador brasileiro na ONU, Ronaldo Costa Filho, durante reunião do Conselho de Segurança das Nações Unidas sobre questões de insegurança alimentar global, disse que é inegável que as sanções unilaterais do Ocidente impostas à Rússia têm um impacto secundário no funcionamento dos mercados, resultando em aumento de custos e na dificuldade de disponibilizar alimentos e fertilizantes.
A Rússia iniciou a operação militar especial, em 24 de fevereiro, com o objetivo de "desmilitarizar" e "desnazificar" a Ucrânia, após pedido de ajuda das repúblicas populares de Donetsk (RPD) e Lugansk (RPL) para combater ataques de tropas ucranianas.
A missão, segundo o Ministério da Defesa russo, tem como alvo apenas a infraestrutura militar da Ucrânia.
Além disso, as Forças Armadas da Rússia acusam militares ucranianos de usar "métodos terroristas" nos combates, como fazer civis de "escudo humano" e se alojar em construções não militares.
Em resposta à ação, países ocidentais determinaram pesadas sanções econômicas contra o Kremlin.