Panorama internacional

Putin: políticas 'míopes e estúpidas' da Europa provocaram crise energética e de fertilizantes

Presidente alertou que devido às sanções e embargos aos fertilizantes, os preços dos alimentos subirão ainda mais, no entanto, sublinhou que problema no mercado global de alimentos começou bem antes da operação militar russa na Ucrânia.
Sputnik
Nesta sexta-feira (3), o líder russo, Vladimir Putin, concedeu diversas declarações durante entrevista e disse que o Ocidente "superestimou possibilidades de energia alternativa", e que a política "míope, estúpida e enganosa" europeia em relação ao setor energético provocou a crise que está sendo vista agora.
Adicionalmente, Putin destacou que "ao contrário das alegações dos políticos ocidentais, os problemas no mercado global de alimentos começaram durante a pandemia da COVID-19, muito antes da operação militar especial da Rússia na Ucrânia".
O presidente também alertou que, devido às sanções, a situação do mercado mundial de fertilizantes piorará, com os preços dos alimentos subindo ainda mais.
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Ao mesmo tempo, Putin rejeitou as alegações de que Moscou está supostamente tentando bloquear a exportação de grãos ucranianos e disse que a própria Rússia está preparada para aumentar as exportações de trigo em 50 milhões de toneladas.
"No atual ano agrícola de 2021-2022, exportaremos 37 milhões de toneladas e, em 2022-2023, acho que aumentaremos para 50 milhões de toneladas", afirmou.
Ele disse que Kiev deve limpar os territórios sob seu controle para garantir a exportação segura de seus suprimentos de alimentos, acrescentando que a Rússia está terminando os trabalhos de limpeza de áreas sob seu controle e está preparada para garantir o transporte pacífico de mercadorias e a entrada de navios nos mares Negro e Azov.
A União Europeia culpou repetidamente Moscou pela espiral dos custos de energia enquanto congela projetos de energia conjuntos russo-europeus e rejeitam as entregas russas de gás e petróleo.
Na sexta-feira (3), o bloco europeu aprovou formalmente o 6º pacote de sanções, que inclui planos para eliminar gradualmente as compras de petróleo russo.
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