"A Defesa informa que, em 26 de maio de 2022, uma aeronave de vigilância marítima P-8 da RAAF foi interceptada por um caça J-16 chinês durante uma atividade de vigilância marítima de rotina no espaço aéreo internacional na região do mar do Sul da China. A interceptação resultou em uma manobra perigosa que representou uma ameaça à segurança da aeronave P-8 e sua tripulação", aponta comunicado do ministério.
Mais tarde no mesmo dia, o ministro da Defesa Richard Marles forneceu informações adicionais sobre o alegado incidente, dizendo que, depois de se aproximar da aeronave australiana e disparar foguetes de sinalização, "o J-16 então acelerou e cruzou à frente do nariz do P-8, colocando-se na frente do P-8 a uma distância muito próxima" e lançando feixes [de metal liberados por aeronave para causar interferência em radares] que contêm pequenos fragmentos de alumínio". Alguns destes pedaços "foram sugados pelo motor da aeronave P-8", disse ele.
Representação artística da interceptação pelo caça chinês do avião de reconhecimento marítimo australiano e lançamento de uma nuvem de fragmentos de metal sugados pelo motor do avião australiano. Captura de tela de uma reportagem do canal 9News Australia
© Foto / YouTube / 9 News Australia
Marles afirmou que o incidente "não vai impedir" o seu país de continuar suas atividades de vigilância no mar do Sul da China, acrescentando que a "liberdade de navegação" na região marítima era "fundamentalmente no interesse da nossa nação".
O premiê australiano Anthony Albanese confirmou que ele havia sido informado sobre o incidente, e que a Camberra tinha manifestado suas preocupações a Pequim. Por enquanto as autoridades chinesas não comentaram as alegações da Austrália.