"A missão foi super positiva. [...] Começamos por Marrocos, Egito, Arábia Saudita, Omã, Bahrein, Catar, Emirados Árabes Unidos, Kuwait, Iraque, ou seja, nove países. Tivemos resultados bastante seguros em diversas áreas. O mais importante é essa integração governamental e comercial que agrega bastante a importância do Brasil para os países árabes, especialmente na área de segurança alimentar e defesa", avaliou.
"Não tivemos retorno de parcerias concretas. Mas, por exemplo, no Egito há bastante interesse na área de defesa e também na área da segurança alimentar. Na Arábia Saudita e no Kuwait há bastante interesse por parte de investidores no Brasil, para investirem especialmente no setor de segurança alimentar. Acho que nos próximos dias teremos realizações sólidas", projetou.
'Boia de salvação': Brasil, Liga Árabe e contexto geopolítico
"Desde então a política externa brasileira está perdida. Houve, também, um afastamento muito duro do Brasil em relação a outros países, especialmente os europeus, por causa das queimadas na Amazônia. Bolsonaro vai se distanciando de [Emmanuel] Macron [presidente da França], de [Angela] Merkel [ex-chanceler da Alemanha], de todos", relembrou Paz.
"Ele tenta atingir essas questões de comércio com os países árabes para obter vitórias e usá-las para fins eleitorais. Porém nenhuma dessas conquistas chegou de fato. Ele tentou aproximação por falta de opção, com poucos resultados. Não tenho informação de que ele teria criado algo de facilitação ou de baixar barreiras de importação, por exemplo", disse.