O vice-chefe da Diretoria Geral da Inteligência do Ministério da Defesa ressaltou que "esta é uma guerra de artilharia agora" e a Ucrânia está "perdendo em termos de artilharia".
Segundo seus dados, o Exército ucraniano "tem uma peça de artilharia contra dez ou 15 peças de artilharia russa. Nossos parceiros ocidentais deram-nos cerca de 10% do que eles têm", disse.
Vadim Skibitsky estimou que a Ucrânia gasta atualmente entre 5.000 e 6.000 rodadas de artilharia por dia.
"Nós quase esgotamos nossas munições [de artilharia] e agora estamos usando projéteis do padrão da OTAN, de calibre 155 mm", apontou.
Sobre a ofensiva russa, Skibitsky opinou que Moscou poderia continuar em ritmo atual durante um ano sem fabricar mais armas nem decretar a mobilização.
"Se eles tiverem êxito em Donbass, poderiam usar esses territórios para lançar outro ataque contra Odessa, Zaporozhie e Dniepre", comentou Skibitsky sobre as maiores cidades sob controle da Ucrânia que estão em proximidade às áreas controladas pela Rússia.
A Rússia continua desde 24 de fevereiro a operação militar especial em Donbass alegando que as Repúblicas Populares de Donetsk e Lugansk, previamente reconhecidas por Moscou como Estados soberanos, necessitam de ajuda diante do "genocídio" por parte de Kiev. Ao ordenar a operação, o presidente Vladimir Putin indicou como uma das principais metas "a desmilitarização e desnazificação" da Ucrânia.