Legisladores russos propuseram fixar a data em que as decisões do ECHR deixam de ter força legal na Rússia para 15 de março, dia em que a Rússia apresentou uma nota de retirada do Conselho da Europa, em vez de 16 de março, como foi o caso na primeira edição do o documento.
Ao mesmo tempo, a Procuradoria-Geral da Rússia ainda será obrigada a pagar uma compensação monetária aos requerentes, com direito a tais pagamentos sob as decisões da ECHR emitidas antes da data fixada, até 1º de janeiro de 2023. A compensação pode ser paga em rublos e apenas para contas bancárias russas.
Esta medida permitirá proteger os direitos dos cidadãos russos e impedir a formação de um "vácuo" na execução das decisões do tribunal, disse o presidente do Comitê de Construção do Estado e Legislação, Pavel Krasheninnikov, parlamentar da Câmara Baixa da Rússia.
Em 16 de março, a Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa votou a favor da exclusão da Rússia da organização por 216 de 219 votos.
A essa altura, a Rússia já havia enviado uma nota de retirada do Conselho e da Convenção Europeia de Direitos Humanos em resposta à suspensão devido à sua participação na operação militar na Ucrânia.
A Rússia deflagrou sua operação em 24 de fevereiro, com objetivo de "desmilitarizar e desnazificar" o país vizinho.
Em retaliação, os EUA, a União Europeia (UE) seus aliados iniciaram a aplicação de sanções contra Moscou. Entre as medidas estão restrições econômicas às reservas internacionais russas e a suas exportações de petróleo, gás, aço e ferro.
A escalada de sanções impostas pelo Ocidente transformou a Rússia, de forma disparada, na nação mais sancionada do mundo, segundo a plataforma Castellum.ai, serviço de rastreamento de restrições econômicas no mundo.
No total, estão em vigor 10.625 medidas restritivas contra a Rússia, segundo os cálculos do site. A quantidade é quase o triplo das 3.637 sanções impostas pelo Ocidente ao Irã. Na sequência, aparecem a Síria (2.614), a Coreia do Norte (2.111), Belarus (1.133), a Venezuela (651) e Mianmar (567).