Durante discurso na cúpula de segurança Diálogo Shangri-La, em Cingapura, o ministro delineou uma visão de cooperação econômica equilibrada como dissuasão militar, mas emitiu um aviso sobre a militarização na região da Ásia-Pacífico, escreve The Guardian.
"O reforço militar da China é agora o maior e mais ambicioso que já vimos em qualquer outro país desde o fim da Segunda Guerra Mundial", disse Marles.
"Por isso, é fundamental que os vizinhos da China não considerem este reforço um risco para eles. Porque sem essa garantia, é inevitável que os países busquem em resposta melhorar suas próprias capacidades militares. Insegurança é o que impulsiona uma corrida armamentista", enfatizou o ministro australiano.
Na mesma cúpula em Cingapura e em meio ao aumento das tensões com os EUA na questão de Taiwan, o ministro da Defesa chinês, Wei Fenghe, afirmou que Pequim "lutará até o fim" para impedir as tentativas de separar Taiwan da China.
Na última sexta-feira (10), os EUA aprovaram a venda de peças de reposição no valor de US$ 120 milhões (R$ 589 milhões) para ajudar Taiwan a manter seus navios de guerra, segundo comunicado publicado pela Agência de Cooperação de Defesa e Segurança (DSCA, na sigla em inglês) dos EUA.
Pequim considera a venda uma ação para desestabilizar a região e minar a soberania e interesses de segurança da China, além de comprometer a paz no estreito de Taiwan.