As informações foram dadas pelo vice-secretário adjunto principal no Escritório de Assuntos Europeus e Eurasianos do Departamento de Estado dos EUA, Dereck Hogan, nesta segunda-feira (13).
"Estamos trabalhando muito em como fortalecer nosso pacote de sanções [contra a Rússia]. Estamos em estreita coordenação com os Estados-membros do G7", disse Hogan.
Sobre o uso de ativos bancários russos congelados para a reconstrução da Ucrânia, Hogan disse que os Estados Unidos e os Estados-membros do G7 têm muitas questões legais a levar em consideração antes de tomar tal ação.
A ideia foi sugerida pelo presidente do Conselho Europeu, Charles Michel. Ele insinuou que ativos de origem russa que estão congelados sejam confiscados para a reconstrução da Ucrânia como um gesto de supostas "equidade e justiça".
A estimativa é que há US$ 300 bilhões (R$ 1,5 trilhão) em ativos russos congelados no exterior.
O chefe da política externa da União Europeia, Josep Borrell, fez a mesma sugestão aos membros do bloco.
Mas isso constituiria roubo, declarou o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov.
Desde o dia 24 de fevereiro a Rússia conduz sua operação militar especial de "desnazificação e desmilitarização" da Ucrânia, objetivos determinados e anunciados pelo presidente russo, Vladimir Putin.
Nesse contexto, os Estados Unidos e seus aliados da OTAN continuam enviando armas a Kiev.
Recentemente, o presidente norte-americano, Joe Biden, assinou um novo pacote de assistência militar à Ucrânia no valor total de dezenas de bilhões de dólares.
Moscou, por sua vez, afirmou por várias vezes que as entregas de armamento ocidental apenas arrastam o conflito, enquanto os meios de transporte com armas viram "alvo legítimo".