De acordo com o jornalista, a OTAN é uma organização menos coesa, poderosa e organizada do que aparenta ser.
"Os importantes membros europeus da aliança estão se escondendo atrás de uma organização anteriormente negligenciada", destacou.
Além disso, o jornalista afirmou que os membros da aliança estão tentando evitar as obrigações dispendiosas com Kiev, que poderiam ser encaradas como uma provocação por Moscou.
Tisdall indica que seria irreal esperar uma unanimidade política em uma aliança como esta.
"O fato de cada membro da OTAN ter igual voz, quando em termos de força militar são totalmente desiguais, isso impede a tomada de decisões rápidas e ousadas", apontou.
Além disso, o artigo aponta para um excesso de dependência dos EUA, o fato de ninguém fazer nada sem o consentimento dos americanos.
Outro ponto ressaltado pelo jornalista é que, em termos organizacionais e militares, a OTAN está demasiado descentralizada, tendo três sedes de comando conjunto na Itália, Países Baixos e EUA, contudo o principal general da aliança está na Bélgica.
De acordo com o The Guardian, caso o conflito na Ucrânia permaneça, as fraquezas e vulnerabilidades da OTAN, que estiveram esquecidas por anos, ficarão ainda mais expostas, colocando a aliança em risco.
"E se o escudo da OTAN for rompido ou seriamente danificado?", indagou o jornalista.