A administração de Joe Biden, presidente dos EUA, está ponderando retirar algumas das tarifas impostas à China por seu antecessor, Donald Trump (2017-2021), escreve nesta terça-feira (14) o portal Axios.
Biden discutiu a questão com alguns membros-chave de seu gabinete. Ainda não foi tomada uma decisão final, mas deve ser dado um anúncio oficial até o fim de junho, de acordo com as fontes do portal.
O primeiro passo apontado pelo relatório é o Escritório do Representante Comercial dos EUA (USTR, na sigla em inglês) começar um "processo de exclusões" para determinar se alguns itens, como bicicletas, devem ser isentos de tarifas. Ao mesmo tempo, a Casa Branca provavelmente manteria as tarifas de aço, alumínio ou outros grandes bens industriais.
Um estudo aponta para as tarifas retiradas apenas reduzirem o Índice dos Preços no Consumidor nos EUA em 0,26 ponto percentual, razão pela qual a representante comercial Katherine Tai quer manter alguma pressão contra a China.
Karine Jean-Pierre, porta-voz da Casa Branca, em resposta a uma pergunta sobre a questão, disse que a atual administração está discutindo o ajuste de algumas das tarifas "irresponsáveis" de Trump, que "não avançam a segurança econômica ou nacional", e que o objetivo é defender os interesses dos trabalhadores dos EUA. No entanto, ela se recusou a revelar mais detalhes das conversas.
Na quarta-feira (8), Jake Sullivan, assessor de Segurança Nacional dos EUA, revelou que a administração Biden estava considerando diversas opções para reduzir as taxas alfandegárias impostas à China sob Trump para aliviar a inflação norte-americana.
As tarifas que o último presidente americano aplicou à China levaram a uma guerra comercial entre Washington e Pequim. Joe Biden retirou no final de março tarifas contra mais de 350 produtos feitos na China, mas ainda há um grande número deles que são taxados nos EUA.