Panorama internacional

EUA liberam mais 45 milhões de barris de petróleo de sua reserva estratégica para reduzir preços

Nesta terça-feira (14), o governo do presidente norte-americano, Joe Biden, anunciou que liberará mais 45 milhões de barris de petróleo de sua reserva estratégica. No total, os EUA pretendem vender 180 milhões de barris para suprir a demanda e puxar os preços para baixo.
Sputnik
A medida foi divulgada pelo Departamento de Energia (DOE, na sigla em inglês) em um comunicado, que detalha que a nova liberação de barris deve ocorrer entre a quarta-feira (15) e 31 de julho.
Esta é a quarta vez que esse tipo de medida é adotada durante o governo Biden. As primeiras entregas da atual remessa têm previsão para ocorrer entre os dias 16 de agosto e 30 de setembro, sendo que as ofertas poderão ser feitas por potenciais compradores até 8 de julho. Anteriormente o governo anunciou que pretendia adquirir metade do total de barris liberados.
O DOE também anunciou contratos de compra de barris de petróleo cru liberados no fim de maio. Um total de 17 empresas responderam à última liberação de barris, incluindo Chevron, ExxonMobil e Shell.
A escassez de petróleo cru no mercado, devida às sanções ocidentais contra o setor de energia da Rússia, impulsionou os preços da gasolina e do diesel nos Estados Unidos. O país também sofre o impacto do fechamento de refinarias durante o pico da pandemia de COVID-19.
Tanques de armazenamento da Reserva Estratégica de Petróleo dos EUA no terminal da Sunoco, perto de Nederland, Texas
A liberação de barris de petróleo pelo governo dos EUA é feita desde novembro do ano passado. Entre fevereiro e abril, em média cerca de três milhões de barris foram retirados semanalmente da Reserva Estratégica de Petróleo dos EUA para remediar a situação.
Apesar dos esforços da administração Biden, o preço da gasolina no país bateu o recorde de US$ 5 por galão (cerca de R$ 25,59). No caso do diesel, o preço chegou a US$ 6 (cerca de R$ 30,70). Um galão equivale a 3,78 litros.
Diante do aumento dos preços, Biden chegou a acusar as petrolíferas de manipulação e culpou o presidente russo, Vladimir Putin, e a crise ucraniana pela inflação.
Assim como o Brasil, o transporte de cargas nos EUA se dá principalmente por meio das rodovias. Conforme dados do governo norte-americano, os caminhões transportam mais de 70% do volume de cargas do país.
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