Os representantes das nações do bloco decidiram fortalecer a cooperação política e de segurança entre os cinco governos. A reunião ocorreu dias antes de a China, atual presidente do BRICS, ter se programado para realizar uma cúpula virtual dos líderes dos cinco países em 24 de junho.
O comunicado oficial divulgado pelo Ministério da Defesa Nacional da China nesta quinta-feira (26) diz que o alto diplomata chinês, Yang Jiechi, pediu também para seus colegas do BRICS "seguirem a tendência do momento".
"A organização nasceu na maré histórica da ascensão coletiva dos mercados emergentes e dos países em desenvolvimento e representa a direção da evolução e ajustamento dos padrões do mundo e ordem internacional", afirmou Yang por videoconferência.
No encontro participaram também o ministro-chefe de Segurança Institucional do Brasil, Augusto Heleno, o secretário do Conselho de Segurança da Federação da Rússia, Nikolai Patrushev, o assessor de Segurança Nacional da Índia, Ajit Doval, e o ministro da Presidência da África do Sul, Mondli Gungubele.
Yang Jiechi apelou ainda a uma maior coordenação e solidariedade entre os membros do BRICS na abordagem de ameaças à segurança "tradicionais" e "não tradicionais" a fim de alcançar "segurança comum, abrangente, cooperativa e sustentável".
Constatou também que a Iniciativa de Segurança Global (GSI, na sigla em inglês) revelada pelo presidente Xi Jinping em abril forneceu ao mundo uma "importante diretriz para a construção de um mundo de paz duradoura e segurança universal".
A GSI "se opôs" à divisão da região da Ásia-Pacífico com a Estratégia Indo-Pacífico, uma iniciativa liderada pelos EUA que consagrou o papel de uniões como o Quad (compreendendo Austrália, Japão, Índia e EUA) e AUKUS (Austrália, Reino Unido e EUA).