A equipe que conduziu o estudo reexaminou ferramentas de pedra, restos de fauna e depósitos descobertos na década de 1970 em um sítio arqueológico que data do Paleolítico Inferior, e que está localizado em uma pedreira no povoado de Evron.
Nenhum dos objetos tinha evidências visuais de ter sido submetido ao fogo, mas a equipe aplicou métodos químicos que levaram à conclusão de que as ferramentas do sítio e 13 fragmentos de presas haviam sido expostas a diferentes temperaturas, aponta comunicado do Instituto Weizmann de Ciência.
Supõe-se que o uso controlado do fogo pelos antigos hominídeos data de um milhão de anos, que é quando os arqueólogos acreditam que o Homo habilis começou a sua transição para Homo erectus.
Pesquisadores descobrem evidências de [uso] de fogo em um sítio arqueológico de 1 milhão de anos em uma pedreira de Evron, em Israel.
Os cientistas propuseram uma teoria que foi denominada de "hipótese da cozinha", que aponta que o uso do fogo foi fundamental na nossa evolução e que não só permitiu aos nossos antepassados sobreviver ao frio ou criar ferramentas, mas também se proteger dos predadores. O único problema com esta hipótese é a falta de informações.
Até agora, as evidências arqueológicas de tratamento térmico de ferramentas e alimentos baseavam-se principalmente na identificação visual de artefatos com provas de terem sido submetidos ao fogo.
Através deste e outros métodos tradicionais só foi possível encontrar evidências de uso do fogo que não vão além dos 200 mil anos. No entanto, os cientistas decidiram reexaminar os objetos e restos usando espectroscopia Raman e outros métodos descritos no estudo publicado no portal PNAS.
Como resultado da pesquisa de 26 artefatos de pedra descobriu-se que estes foram expostos a altas temperaturas. No que se trata de fragmentos de ossos, foi possível identificar 13 fósseis que foram expostos a temperaturas superiores a 600 ºC.