Em entrevista publicada pela emissora RT, Rogozin afirmou que empresas privadas norte-americanas estão coletando dados visuais e de radar para as forças ucranianas.
Segundo ele, o Ocidente assumiu atividades que indicam que está "a caminho da guerra". Para ele, a suposta coleta de dados para a Ucrânia por empresas ocidentais privadas comprova essa tese.
Rogozin nomeou as empresas - Lockheed Martin, Starlink, Boeing, SpaceX - que, segundo ele, têm "um objetivo específico: garantir a coleta de informações em tempo real, tanto visuais, por meio de dispositivos de radar infravermelho, e através da vigilância convencional".
Ele disse que os dados "estão sendo coletados para que as forças ucranianas possam usá-los “ para orientação de mísseis balísticos ou operação de sistema de lançamento múltiplo de foguetes".
Embora os satélites russos sejam capazes de monitorar o território ucraniano, como comentou Rogozin, "as empresas espaciais privadas americanas são, "na melhor das hipóteses, contratantes confiáveis do Pentágono".
As observações de Rogozin vieram logo depois que o chefe do Comando Cibernético dos EUA, o general Paul Nakasone, admitiu pela primeira vez, no dia 1º de julho, que os EUA estavam apoiando a Ucrânia com operações de hackers.
"Conduzimos uma série de operações em todo o espectro: operações ofensivas, defensivas e de informação", disse ele à Sky News. Nakasone não forneceu detalhes sobre essas atividades.