Analisando o cenário envolvendo Pequim e Tapei, analistas consultados pelo South China Morning Post esperam que a China pressione ainda mais Taiwan para atingir seu objetivo de assumir o controle da ilha.
A avaliação ocorre depois que dois senadores dos EUA apresentaram um projeto de lei para aumentar o apoio à ilha com bilhões de dólares em assistência à segurança e mudanças na lei que sustenta os laços não oficiais de Washington com Taiwan.
Em seguida, o ministro da Defesa chinês, o general Wei Fenghe, disse que Pequim "lutaria a todo custo" contra quaisquer esforços para tornar Taiwan independente e estava tentando o seu melhor para "reunificar pacificamente" a ilha com o continente.
Os analistas relataram que as tensões estão aumentando na região, com o Exército da China intensificando as atividades perto da ilha nos últimos anos, enquanto os EUA, Japão e Reino Unido enviaram navios de guerra.
Ridzwan Rahmat, principal analista de defesa da conhecida Janes, entende que a chance de um conflito armado entre Pequim e Taiwan "é significativamente maior agora do que há cinco anos".
"Isso ocorre porque o Exército chinês em breve estará equipado com as ferramentas necessárias para montar uma força de invasão no estreito de Taiwan", afirmou.
David Silbey, historiador militar da Universidade Cornell, em Washington, disse que Pequim também deve usar uma série de opções não militares para alcançar seu objetivo de reunificação.
"Eles podem tentar integrar Taiwan economicamente ao continente de tal forma que a reunificação se torne inevitável", comentou.
Vale lembrar que os Estados Unidos aprovaram a venda de peças de reposição no valor de US$ 120 milhões (R$ 589 milhões) para ajudar Taiwan a manter seus navios de guerra.
Pequim considera a venda uma ação para desestabilizar a região e minar a soberania e interesses de segurança do país, além de comprometer a paz ao longo do estreito de Taiwan.