"Desde que assumiu o cargo, Biden trabalhou arduamente para tornar a extração de combustíveis fósseis nos EUA um processo significativamente mais caro e para aumentar a atratividade das [fontes de] energias alternativas. Ele conseguiu. Como resultado temos preços recordes", aponta autor.
Em seu primeiro dia no cargo, Biden cancelou a construção do gasoduto Keystone XL do Canadá e suspendeu um programa para arrendamento de terras federais no Alasca para extração de recursos.
"Desta forma, a equipe do presidente trabalhou metodicamente para limitar e reduzir a produção doméstica de petróleo e gás", observa Rove.
De acordo com ele, na sequência disso a equipe de Biden "conseguiu o que queria": a produção diária de petróleo caiu de 12,29 milhões de barris em 2019 para aproximadamente 11,85 milhões de barris em 2022.
Ao mesmo tempo, apesar das acusações de Biden contra o presidente russo Vladimir Putin, os preços dos combustíveis começaram a subir mesmo antes da operação especial na Ucrânia, ressalta.
Além disso, "tendo feito tudo o possível" para limitar o fornecimento dentro dos EUA, Biden também ameaça introduzir um imposto sobre os lucros imprevistos das empresas de petróleo e gás, acrescenta Rove.
Nos EUA, os preços da energia e de uma série de bens de consumo têm vindo a aumentar já há vários meses. O custo da gasolina subiu acima de cinco dólares por galão, em comparação, no ano passado o preço rondava três dólares.
A inflação bateu um recorde de 40 anos ao atingir 8,5%. As tentativas das autoridades para contrariar as tendências negativas na economia não produziram resultados significativos.