A conferência teve sede em Berlim e reuniu autoridades internacionais para tratar da situação global de acesso a alimentos.
"Há um claro risco de múltiplos quadros de fome declarados em 2022, e 2023 será ainda pior", disse Guterres.
O secretário-geral da ONU afirmou que todas as colheitas serão impactadas em diversas regiões do continente africano, assim como da Ásia e América.
"O apoio humanitário é essencial, mas não é suficiente. Não é apenas uma crise de alimentos, isso requer uma abordagem coordenada e multilateral com múltiplas soluções", ressaltou a liderança das Nações Unidas.
Guindastes portuários na costa sul do mar de Azov, em Mariupol, na Ucrânia, em 2 de dezembro de 2018. Foto de arquivo
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Os líderes mundiais, ao lado de organizações internacionais, têm alertado sobre a preocupação acerca de uma iminente escassez de alimentos de larga escala. As preocupações cresceram após o início da operação militar russa na Ucrânia, devido às interrupções de suprimentos, alta de preços e colheitas interrompidas em dois dos principais produtores de grãos do mundo. A Ucrânia e a Rússia representam cerca de 30% das exportações globais de trigo, 20% de milho e 76% de óleo de girassol.
Países ocidentais acusam a Rússia de bloquear carregamentos ucranianos de grãos nos portos do mar Negro, o que Moscou nega. O Kremlin, por sua vez, afirma que as águas portuárias da região foram minadas pela Ucrânia, o que tornou a navegação impossível.