"Nossas relações por meio dos esforços do governo Trudeau estão se tornando pura e politicamente virtuais sem qualquer estofo prático, porque não há contatos econômicos, humanitários, culturais ou acadêmicos. Um estado tão estranho em tal limbo que estamos agora", disse Stepanov.
O embaixador russo enfatizou que, com suas ações, o governo Trudeau destruiu completamente as relações bilaterais com a Rússia e congelou totalmente os aspectos das relações bilaterais que não se destroem.
"As sanções cortaram todo o volume de negócios. Em todos os níveis de governo – no local, no federal – todos os laços foram cortados. As universidades receberam claramente um comando tácito para parar de interagir com seus parceiros. A ciência política e a dimensão acadêmica estão completamente congeladas. Sabemos que muitos departamentos de estudos russos em muitas universidades são forçados a fechar ou suspender suas atividades, não apenas porque há algumas coisas pró-Rússia, mas também porque é proibido fornecer uma imagem objetiva da Rússia", comentou.
Stepanov caracterizou a situação como "triste", acrescentando que não sabe se a corrosão das relações bilaterais chegou ao fundo do poço ou se pode piorar e afundar ainda mais.
Em 24 de fevereiro, a Rússia lançou uma operação militar especial na Ucrânia depois que as repúblicas populares de Donetsk e Lugansk (RPD e RPL) pediram ajuda para defendê-las da intensificação dos ataques das tropas ucranianas.
O Canadá e o Ocidente responderam impondo sanções abrangentes contra a Rússia, ao mesmo tempo em que forneceram armas ofensivas e defensivas a Kiev no valor de vários bilhões de dólares.
O Ocidente também se engajou em uma campanha de intolerância e detratação da ciência, tecnologia, esportes e cultura russas.
Até o momento, Ottawa enviou obuses M777 e cerca de 20 mil munições de artilharia para Kiev, além de outras armas.
O governo canadense disse que planeja enviar mais 100 mil projéteis e continua treinando tropas ucranianas no uso do equipamento e suprimentos.