"Eles [os EUA] estão claramente determinados a continuar a debilitar a Rússia", afirmou.
Ele recordou que em 2014 os EUA e a OTAN começaram a fornecer armamento à Ucrânia, a conduzir exercícios militares conjuntos e a implementar medidas para integrar o país na aliança.
"É evidente que tudo isso foi feito deliberadamente com o propósito de provocação", observou Chomsky. Esse processo acelerou após a eleição de Joe Biden como presidente dos EUA, salientou ele.
O Departamento de Estado reconheceu que, antes do início da operação especial russa de desmilitarização e desnazificação da Ucrânia, os EUA se recusaram a discutir quaisquer preocupações de Moscou sobre questões de segurança.
"Nós [os EUA] jogamos um jogo onde as vidas dos ucranianos estão em risco, assim como a própria existência da civilização, com o objetivo de enfraquecer a Rússia e garantir que ela é suficientemente debilitada. Não há fundamentos morais para isso", explicou.
Anteriormente, o antigo diplomata de alto escalão estadunidense Chas Freeman, em um artigo para o portal The Grayzone, observou que os EUA estão travando na Ucrânia uma guerra não declarada contra a Rússia para preservar sua hegemonia no mundo.
Ele acredita que as ações de Washington não deixam Moscou outra opção senão usar força. Os EUA vão lutar contra a Rússia "até o último ucraniano", disse Freeman.