Panorama internacional

OTAN está preparando acordo de segurança entre Suécia, Finlândia e Turquia, diz Stoltenberg

A Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) está trabalhando em um acordo de segurança trilateral com Suécia, Finlândia e Turquia, informou o secretário-geral da aliança, Jens Stoltenberg, nesta segunda-feira (27).
Sputnik

"Estamos atualmente trabalhando em um acordo entre Suécia, Finlândia e Turquia para cooperar ainda mais em questões de segurança, incluindo exportação de armas e luta contra o terrorismo", disse Stoltenberg após negociações com a primeira-ministra sueca, Magdalena Andersson.

O secretário-geral afirmou que, nas últimas semanas, a Suécia, em particular, tomou medidas concretas na luta contra o terrorismo. Segundo ele, o país introduziu algumas emendas à sua legislação, lançando novas investigações sobre o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK, na sigla em curdo), banido na Turquia por atividades terroristas, e começou a processar pedidos de extradição feitos por Ancara.
Para Stoltenberg, é natural que os membros da OTAN demonstrem suas preocupações de segurança durante o processo de adesão de novas nações à organização.
Porém ele destacou que "todos os aliados, apesar das suas preocupações, entendem que a incorporação da Finlândia e da Suécia reforçará a segurança coletiva" da OTAN.
O secretário-geral recordou que representantes de Turquia, Suécia e Finlândia pretendem reunir-se amanhã (28), paralelamente à cúpula da OTAN, que ocorre em Madri nos dias 28 e 29. Essa, segundo ele, será "mais uma possibilidade de avançar no processo de adesão".
Panorama internacional
Turquia revela posição sobre expansão da OTAN antes da cúpula na Espanha
Em 18 de maio, Estocolmo e Helsinque submeteram seus pedidos de adesão à OTAN, argumentando que o conflito ucraniano mudou a situação de segurança na Europa.
Uma candidatura de adesão deve ser aprovada por unanimidade, mas a Turquia, um Estado-membro, se opôs, apontando que os dois países apoiam o PKK e as Unidades de Proteção Popular (YPG, na sigla em curdo), organizações consideradas terroristas por Ancara.
Para conceder seu apoio, a Turquia exige que Suécia e Finlândia mudem suas leis para proibir os grupos de organizar quaisquer eventos em seu território, extraditar aqueles que são procurados pela Turquia sob acusações de terrorismo e dar suporte a Ancara em operações militares e antiterroristas.
Panorama internacional
Maioria dos finlandeses se recusa a fazer concessões à Turquia para ingressar na OTAN
Comentar