"Estamos atualmente trabalhando em um acordo entre Suécia, Finlândia e Turquia para cooperar ainda mais em questões de segurança, incluindo exportação de armas e luta contra o terrorismo", disse Stoltenberg após negociações com a primeira-ministra sueca, Magdalena Andersson.
O secretário-geral afirmou que, nas últimas semanas, a Suécia, em particular, tomou medidas concretas na luta contra o terrorismo. Segundo ele, o país introduziu algumas emendas à sua legislação, lançando novas investigações sobre o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK, na sigla em curdo), banido na Turquia por atividades terroristas, e começou a processar pedidos de extradição feitos por Ancara.
Para Stoltenberg, é natural que os membros da OTAN demonstrem suas preocupações de segurança durante o processo de adesão de novas nações à organização.
Porém ele destacou que "todos os aliados, apesar das suas preocupações, entendem que a incorporação da Finlândia e da Suécia reforçará a segurança coletiva" da OTAN.
O secretário-geral recordou que representantes de Turquia, Suécia e Finlândia pretendem reunir-se amanhã (28), paralelamente à cúpula da OTAN, que ocorre em Madri nos dias 28 e 29. Essa, segundo ele, será "mais uma possibilidade de avançar no processo de adesão".
Em 18 de maio, Estocolmo e Helsinque submeteram seus pedidos de adesão à OTAN, argumentando que o conflito ucraniano mudou a situação de segurança na Europa.
Uma candidatura de adesão deve ser aprovada por unanimidade, mas a Turquia, um Estado-membro, se opôs, apontando que os dois países apoiam o PKK e as Unidades de Proteção Popular (YPG, na sigla em curdo), organizações consideradas terroristas por Ancara.
Para conceder seu apoio, a Turquia exige que Suécia e Finlândia mudem suas leis para proibir os grupos de organizar quaisquer eventos em seu território, extraditar aqueles que são procurados pela Turquia sob acusações de terrorismo e dar suporte a Ancara em operações militares e antiterroristas.