"O aspeto mais significativo da cúpula é a possibilidade da expansão do grupo [...] através da adesão de novos membros, nomeadamente da Arábia Saudita e da Argentina. Isso fragmentaria o mundo em uma escala nunca vista desde a Guerra Fria e abriria portas para uma nova era de 'globalização vertical' [...] No final, o Ocidente pode se tornar o lado perdedor", afirma o analista canadense.
"Além da escassez alimentar global, o mundo atual está também enfrentando uma crise energética", diz o cientista. "Levem em conta que a Rússia e a Arábia Saudita juntas produzem quase 20 milhões de barris do petróleo por dia, mas até agora no mundo não tem havido nenhum grupo que reúna exportadores e importadores. O BRICS+ poderia mudar a situação", afirmou.
"Imaginem que o BRICS+ esteja presente em cada região com exceção da Europa, e há pelo menos um país na Europa que poderia manifestar seu desejo de se juntar: a França. Os franceses ainda se sentem feridos devido à criação da aliança AUKUS (Austrália, Reino Unido, Estados Unidos – acrônimo na sigla em inglês), e a França é uma das poucas nações ocidentais que não assumiu uma posição abertamente hostil em relação à Rússia [depois do início da operação militar especial russa na Ucrânia]."