O G7 (grupo formado por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido) anunciou na terça-feira que considerará a possibilidade de um embargo ao transporte marítimo de petróleo bruto russo, a menos que seja comprado a um preço a ser acordado com parceiros internacionais.
De acordo com um comunicado conjunto, o grupo apoia a decisão da União Europeia (UE) de explorar formas de conter o aumento de preços da energia, incluindo a viabilidade de introduzir tetos temporários de preços de importação quando apropriado.
"Quanto ao petróleo, consideraremos uma série de abordagens incluindo opções para uma possível proibição abrangente de todos os serviços que permitem o transporte marítimo de petróleo bruto russo e produtos petrolíferos globalmente, a menos que o petróleo seja comprado a um preço a ser acordado, ou abaixo dele, em consulta com parceiros internacionais", diz o comunicado.
"Ao considerar esta e outras opções, também consideraremos mecanismos de mitigação juntamente com nossas medidas restritivas para garantir que os países mais vulneráveis e impactados mantenham o acesso aos mercados de energia, inclusive da Rússia".
O grupo também pediu aos ministros relevantes que consultassem "urgentemente" fornecedores de energia como uma alternativa aos hidrocarbonetos russos.
Nesta terça-feira (28), o Político informou que o Ocidente chegou a um acordo para estabelecer um teto de preço para as exportações de petróleo russo. Os EUA teriam sugerido suspender as sanções ao seguro para navios que transportam petróleo russo, apenas se os países concordassem em comprá-lo a um preço máximo estabelecido, impondo assim um teto de preço.
Ainda não está claro, no entanto, como a Rússia reagiria à mudança, se vai encontrar maneiras de contornar a decisão do grupo e o que vai acontecer com os preços globais do petróleo caso Moscou decida não vender seu petróleo a preços menos lucrativos.